domingo, 7 de fevereiro de 2010

EM DEFESA DOS ANIMAIS E ABONO DA VERDADE



Os activistas pelos direitos dos animais concordam com todas as diferentes religiões e filosofias que falam em defesa dos animais, como se pode verificar no seguinte:

A Bíblia dá direitos e domínio do homem sobre os animais, mas não para os matar, torturar ou explorar e sim para os respeitar e preservar. No sexto dia da Criação, Deus criou os humanos depois dos animais e lhes destinou uma dieta vegetariana, dizendo: “Eis que vos dou todas as plantas que dão sementes e que estão sobre a superfície da terra e toda árvore com frutos que dêem sementes; ser-vos-á para vosso mantimento” (Génesis – Cap 1:29.)

Várias figuras bíblicas e outras foram vegetarianas, tais como: Cícero, Sêneca, Platão, Pitágoras, Sócrates, Orígenes, Plutarco, Epicuro, Hipócrates (o Pai da Medicina), Leonardo da Vinci, Tolstoi, Gandhi, Krisna, Siddartha Gautama (o Buda), Jesus Cristo, Apolónio de Thyana, Inácio de Loyola, Clemente de Alexandria, S.João Crisóstomo, S.Jerónimo, S.Domingos, S.Bento, S.Basilio, S.Francisco de Assis, S.Francisco Xavier , Stª Teresa de Jesus, Anne Besant, Albert Einstein, etc.

Os primeiros cristãos eram vegetarianos e o país populoso que mais pessoas tem seguindo o vegetarianismo baseado na fé é a India, lar do Budismo e do Hinduísmo. Buddha pediu a seus seguidores que não matassem os animais e o texto budista Surangama Sutra diz que: “se nós comermos a carne de criaturas vivas, nós estamos destruindo as sementes da compaixão”. O Tirukural, um texto hindu de 2000 anos de idade, declara: “Quando um homem percebe que aquela carne é a carne abatida de outra criatura, ele deve privar-se de comê-la”.

O Papa Pio V em 1567 proibiu as touradas e outras festas que torturam os animais.

Maomé, o fundador do Islão, também condena maus tratos aos animais dizendo: "Uma boa ação feita a um animal é tão meritória quanto uma boa ação feita a um ser humano, enquanto um acto de crueldade a um animal é tão ruim quanto um acto de crueldade para um ser humano. Maomé classificou como "um grande pecado para um homem aprisionar os animais que estão em seu poder", tendo mesmo proibido o comércio de peles.

O imã islâmico aposentado, Al-Hafiz Basheer Ahmad Masri, perito em ensinos islâmicos sobre animais, disse que qualquer interferência no corpo de um animal vivo que cause dor ou deformação contraria os princípios islâmicos. Por isso não se compreende que ainda hoje se sacrifiquem milhares de animais a Alá todos os anos como se fosse um Deus sanguinário e violento apreciador de holocaustos.

Em 1992, o chefe rabino Sephardic de Tel Aviv publicou uma decisão rabínica de que os judeus não devem comer peixe, usar peles, ir a circos e caçar. Também o rabino Chaim Dovid Halevy emitiu uma decisão que proíbe a fabricação e uso de peles. Ambos acharam estas práticas pouco éticas, baseando-se no Torah, o Talmud, e outros textos.

Isaac Bashevis Singer, prémio Nobel da Literatura em 1978 , disse: “Todos nós somos criaturas de Deus – não é coerente pedirmos a Deus por clemência e justiça enquanto continuamos comendo a carne de animais que são mortos por nossa causa”. Numa resposta a um entrevistador ele falou que “Meu vegetarianismo é minha religião e é parte do meu protesto contra a conduta do mundo”.

Grandes mentes pensam assim, mas não aquela de Hitler que muitos dizem que era vegetariano, sendo falsa essa afirmação, pois ele apenas recorreu durante um periodo ao vegetarianismo aconselhado pelos seus médicos porque sofria de flatulência e outros problemas digestivos devido ao facto de comer muitas carnes.

Por fim, falta dizer que os holocaustos (sacrifícios de animais a Deus) referidos no Velho Testamento, eram condenados por Jesus Cristo nas seguintes palavras: “Vim para abolir as festas sangrentas e os sacrifícios, e se não cessais de sacrificar e comer carne e sangue dos animais, a ira de Deus não terminará de persegui-los, como também perseguiu a vossos antepassados no deserto que se dedicaram a comer carne e que foram eliminados por epidemias e pestes.” (Isto está escrito no Cap. 21 dos "Evangelhos dos Doze Santos" encontrados em 1880 pelo reverendo inglês Gideon Ouseley num monastério budista na India).

Os animais não foram feitos para nossa alimentação e também têm alma, contrariamente áquilo que muita gente julga, pois está escrito em Eclesiastes (Cap. 3: 19 a 21) na Bíblia o seguinte: "O que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo sucede aos animais, como morre um assim morre o outro, todos têm o mesmo 'fôlego' (alma vivente) e a vantagem dos homens sobre os animais (a este respeito) não é nenhuma. Todos vão para um lugar e todos são 'pó' (matéria perecível) e ao pó (à terra) tornarão. Quem adverte que o 'fôlego' (alma) dos filhos dos homens sobe para cima (para o céu) e que o fôlego dos animais desce para debaixo da terra"? (ao inferius).

Rui Palmela

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